Which way?

Até agora, o que tenho programado é a viagem de Lisboa-Frankfurt-Moscovo a 27 de Janeiro, a volta a 23 de Fevereiro e sei que de 1 a 10 de Fevereiro tenho que estar em Ekaterinburgo para o curso, de resto não faço a mínima ideia onde vou ficar, quem me vai acompanhar e o que vou visitar. A ideia é mesmo essa, é não saber bem o que vou fazer, é esperar que as oportunidades vão surgindo à medida que a viagem vai decorrendo, é ir conhecendo pessoas na esperança  de encontrar alguém suficientemente aventureiro para me acompanhar, ou então tudo isto é treta e vou apanhar uma grande seca sozinho, o que também não é mau de todo. As pessoas ao viajarem sozinhas têm mais tendência em integrar-se com outros, exactamente porque estar sozinho é uma seca. 

Cravar também é algo que tenciono fazer muito ao longo desta viagem. Cravar casa aos organizadores do curso, cravar casa aos amigos dos organizadores do curso, cravar casa aos amigos dos amigos dos organizadores do curso e dando continuação a isto posso receber casa em qualquer parte da Russia. Quem é que precisa de Hostels? E ainda tenho o CouchSurfing. Coisa que nunca experimentei e estou inquieto, pois já ouvi grandes histórias de viagens, proporcionadas por simpaticíssimas pessoas que disponibilizam um sofá e têm gosto em apresentar o local onde vivem... 

Para já o importante será o visto, pois sem ele nada feito. Espero em breve receber o convite da Universidade e avançar com isso. Entretanto vou deambulando pela minha imaginação e escrevendo umas coisas para o blog.

PS: Se alguém souber de cidades, eventos, bares, cafés, casas de alterne, monumentos, pessoas, sites, blogs ou qualquer outra coisa que esteja relacionada com a Russia deixem a vossa sabedoria num comentário. Se tiverem dúvidas sobre cidades, eventos, bares, cafés, casas de alterne, monumentos, pessoas, sites, blogs ou qualquer outra coisa que esteja relacionada com a Russia deixem uma pergunta num comentário pode ser que alguém saiba responder.

Num autocarro com net...

Por enquanto ainda não estou perdido na Rússia mas sim em Portugal, mais propriamente na Ericeira. Vim apanhar uma súbita ondulação à qual não consegui resistir assim que me puseram o windguru na frente dos olhos. Foi perfeito, 4 horas de surf intensivo, boas ondas e muito pouco crowd, tão pouco que uma hora antes de anoitecer fiquei sozinho mais um amigo. Houve uma altura na surfada que já nem nos via-mos, pois a consistência do swell era tanta que quando um acabava de chegar ao point break o outro já estava a sair. Aquele spot que têm por nome um grupo de pessoas mancas surpreende-me cada vez mais. Bem, já cheguei a Lisboa...adeus.

"águenta ái chefe"

Outro dia passei pela embaixada da Russia, em Lisboa mesmo ao pé da minha universidade,  para saber como é que posso adquirir um visto. Pelo que me apercebi não é assim tão fácil. Para além do apólice de seguro não inferior a 30000 Euros que cobre o chamado "repatriamento póstumo (transporte) dos restos mortais", também preciso de ter um convite oficial pela universidade com os dias em que entro e saiu do País. Isto para o visto estudante que é o que vou tentar obter, pois é de graça, quer dizer, é de graça sem contar com o pagamento à seguradora. Se for o visto de turista também não é pêra doce, pois em vês do convite é preciso uma declaração com as datas de alojamento dos hotéis.

O problema é que vou ficar 10 dias como estudante e mais 17 como turista, mas o melhor será pedir à universidade para que me dêem o convite para todos os 27 dias. Mas o mais caricato é que mesmo ao lado do consulado existe uma agencia particular que trata da papelada para os vistos, a qual também entrei. Depois de uns minutos de conversa com uma senhora muito simpática, ela disse-me que a agencia podia emitir um documento que confirmava a minha estadia em certos hotéis e desta forma podia obter o visto turista caso tivesse problemas com o de estudante. O que não vos digo é o preço. Afinal digo, eram 150€ só o documento, mas mesmo assim compensa, pois  uma estadia em hotéis por um mês na Russia, "águenta ái chefe".

Bitaites

Não sei se troco o nome deste blogue para "1 Açoriano perdido no Mundo", pois assim tenho mais tema de conversa...

Tickets

Ontem comprei os bilhetes pela internet, a contagem decrescente começou. Custaram-me 163€ ida e volta de Lisboa até Moscovo, pela Luftansa. Não está nada mau tendo em conta o que se paga para ir aos Açores. Era bom que a Luftansa começasse a fazer uns voos para lá e acalmasse as tarifas da TAP e da SATA. Depois de chegar a Moscovo tenciono conhecer a Russia de comboio, no trans-siberiano. Uma rota que liga Moscovo a Pequim, passando pela Mongolia e que contêm mais de 5000km. Eu fico em Ekaterinburgo, são só 1600km e 1 dia e umas horas de viagem. É lá que a aventura vai começar, pois vou participar num curso do BEST, uma organização de estudantes a nível europeu que promove um conhecimento mais diversificado entre estudantes de engenharia. É altamente... O curso é sobre gestão empresarial, o que à partida pode parecer que não está relacionado comigo, pois estou a estudar engenharia mecânica, mas da mesma maneira que a escrita não é o meu forte e continuo a escrever neste blogue, resolvi experimentar. É importante experimentar.... Nunca se sabe quando é que um engenheiro mecânico pode vir a criar a sua empresa para vender as suas engenhocas.

O início?

Ainda não sei bem a que se deve o propósito deste blogue, nem sei se lhe vou dar continuação ou não, mas o que é certo é que me encontro em frente do computador a escrever uma nota introdutória e ainda perdi umas horas a escolher um template dos cento e tal disponíveis. Também não sei bem como começar nesta cena dos blogues, mas entre estar a expor a minha vida no Facebook a pessoas que mal consigo ver a foto do perfil e a atribuir mais valor ao negócio do Mark Zuckerberg, acho que prefiro fazer algo diferente, que me possa dar algum a mim e não a ele, sabes? (€). Foi então que já algum tempo ouvi falar do addSense da google, onde basicamente as pessoas põem anúncios num blogue e recebem aos cliques. Mas há um problema. São os leitores, ou seja, tu. É preciso gerar conteúdos com um mínimo de interesse para que haja visualizações, pois isso é sinónimo de cliques. Com isto não quero que fiques a pensar que o meu objectivo são os cliques. Apenas estou a tentar fazer algo que nunca fiz e ao mesmo tempo tirar proveito disso. Há que experimentar...

Acho que nestas folhas vou relatar uma viagem. Uma viagem a um novo País, a uma nova cultura. Falarei sobre as minhas experiências, ideias e filosofias adquiridas ao longo de um mês na Federação Russa. Publicarei diversa informação sobre todos os sítios onde passar, assim como histórias da viagem sejam elas com final feliz ou não.

Bem-vindo.